quarta-feira, 8 de maio de 2013

2011 - Restaurante Coletivo: MENU (trabalho coletivo com Mayara Suellen, Leíze de Sá, Patrícia Ricelle e Alana Souza)




Diário de bordo, 2011

MENU (Leíze de Sá. Natal, junho de 2011)

Numa sociedade onde o conhecimento de e sobre arte é tão elitizado, propomos a mistura de um conceito banal (alimentar-se) com o conceito de Arte e seus desmembramentos filosóficos e estéticos. De uma maneira inusitada ao olhar dos participantes da intervenção, mas bastante óbvio sob a ótica das questões relacionadas ao mercado da Arte, seus produtos e o consumo dessas obras.
Nosso objetivo, portanto, é o de induzir as pessoas a um questionamento artístico-filosófico, através do qual elas possam se aproximar um tanto mais do prazer estético (aqui “prazer” refere-se a sensação, posto que não necessariamente a Arte se propõe a dar prazer no sentido de gozo) e observarem o que isto causa de diferente em suas vidas naquele momento em que a ação se dá.
E para alcançar esse objetivo, optamos por induzir as pessoas a confundirem suas intenções mentalmente organizadas e racionalizadas a fim de provocar esses questionamentos. O indivíduo que saiu de onde estava e vai ao Restaurante Universitário para alimentar-se da comida, cujos nutrientes o sustentarão para continuar sua jornada de trabalho e/ou estudo. Chegando lá é convidado a servir-se de algo que inicialmente ele não enxerga, pelo simples não enxergar arte como alimento – temos aqui o conceito clichê de “arte alimento da alma” -, mas mesmo assim se pergunta se é possível, se se come aquilo que se expõe nas paredes, É a partir desse instante que se dá a intervenção propriamente dita. A partir do momento que conseguimos envolver o expectador na ação do trabalho artístico, aí sim intervimos concretamente no seu dia e podemos considerar concretizando o trabalho proposto.

vídeo: https://vimeo.com/65787451 

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