Diário de bordo, 2011
MENU (Leíze de Sá. Natal, junho de 2011)
MENU (Leíze de Sá. Natal, junho de 2011)
Numa sociedade onde o conhecimento de e sobre arte é tão
elitizado, propomos a mistura de um conceito banal (alimentar-se) com o
conceito de Arte e seus desmembramentos filosóficos e estéticos. De uma maneira
inusitada ao olhar dos participantes da intervenção, mas bastante óbvio sob a
ótica das questões relacionadas ao mercado da Arte, seus produtos e o consumo
dessas obras.
Nosso objetivo, portanto, é o de induzir as pessoas a um
questionamento artístico-filosófico, através do qual elas possam se aproximar
um tanto mais do prazer estético (aqui “prazer” refere-se a sensação, posto que
não necessariamente a Arte se propõe a dar prazer no sentido de gozo) e observarem
o que isto causa de diferente em suas vidas naquele momento em que a ação se
dá.
E para alcançar esse objetivo, optamos por induzir as pessoas
a confundirem suas intenções mentalmente organizadas e racionalizadas a fim de
provocar esses questionamentos. O indivíduo que saiu de onde estava e vai ao
Restaurante Universitário para alimentar-se da comida, cujos nutrientes o
sustentarão para continuar sua jornada de trabalho e/ou estudo. Chegando lá é
convidado a servir-se de algo que inicialmente ele não enxerga, pelo simples
não enxergar arte como alimento – temos aqui o conceito clichê de “arte
alimento da alma” -, mas mesmo assim se pergunta se é possível, se se come
aquilo que se expõe nas paredes, É a partir desse instante que se dá a
intervenção propriamente dita. A partir do momento que conseguimos envolver o
expectador na ação do trabalho artístico, aí sim intervimos concretamente no seu
dia e podemos considerar concretizando o trabalho proposto.
vídeo: https://vimeo.com/65787451
vídeo: https://vimeo.com/65787451
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